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uma jornada inesquecível.
Véspera de Natal
Era uma noite de Natal, mas o céu brilhava com uma intensidade quase mágica, como se competisse com o sol ao meio-dia! Uhuuu! Uhuu! Lá no Polo Norte, na casa do Papai Noel, o clima era de correria total. Os duendes, pequeninos e engraçados, corriam de um lado para o outro, carregando montanhas de presentes. Cada pacote era embrulhado com o maior cuidado, como se contivesse sonhos.
As renas, sempre charmosas, enfeitavam os chifres com laços e bolas coloridas, parecendo querer se transformar em árvores de Natal! E o Papai Noel? Ah, ele estava lá, com sua barriga redondinha, cheia de "ho ho ho", conferindo a lista de presentes pela milésima vez. Não queria esquecer ninguém, nem mesmo as crianças que moravam longe, do outro lado do mundo, onde fazia tanto calor que ele precisaria usar protetor solar!
Enquanto isso, na cidade de Nevelândia, a neve caía suavemente, como flocos de algodão, cobrindo as ruas e casas decoradas com luzes que piscavam incessantemente. Papai Noel, em seu trenó mágico puxado pelas renas mais velozes do mundo, sobrevoava a cidade, pronto para sua missão secreta: entregar presentes para todas as crianças que se comportaram durante o ano.
O trenó estava abarrotado de pacotes de todas as cores, formatos e tamanhos, cada um com uma etiqueta especial e o nome de uma criança. Entre esses pacotes, um deles era especial: um ursinho de pelúcia chamado Lumin, criado com carinho pelo duende Jinggle.
O Brinquedo Fugitivo
Naquela noite mágica, enquanto o trenó sobrevoava Nevelândia, uma pequena estrela cadente cruzou o céu e caiu exatamente sobre a caixinha onde o ursinho Lumin estava. Algo extraordinário aconteceu: os olhos de botão do ursinho piscaram, suas patas macias se mexeram e, de repente, ele percebeu... "Estou vivo!"
Cheio de curiosidade, Lumin espiou para fora da caixa. O que viu o deixou encantado: o trenó reluzente, os duendes cantando canções de Natal e as renas com sinos dourados. "Que lugar incrível!", pensou ele, maravilhado.
Movido pela curiosidade, o pequeno urso resolveu sair da caixa. Ele se inclinou e, com um salto, caiu suavemente nas ruas de Nevelândia, decoradas com luzes coloridas e o delicioso aroma de biscoitos natalinos no ar. Lumin estava deslumbrado e queria explorar tudo.
Um Encontro Surpreendente
Nas ruas cobertas de neve, duas crianças, Leo e Mila, brincavam jogando neve para o alto quando avistaram o ursinho andando sozinho.
— Olha, Mila! Um ursinho de pelúcia que anda! — exclamou Leo, com os olhos arregalados, puxando o ursinho pelas patas.
— Deixa eu ver! — disse Mila, já tentando arrancar Lumin das mãos do irmão.
Lumin, assustado, tentou escapar, mas as crianças, achando graça da situação, sacudiam o pequeno ursinho de um lado para o outro, rindo e brincando como se fosse um jogo.
— Que ursinho engraçado! Será que ele é mágico? — perguntou Mila, jogando-o no chão.
Lumin, percebendo que aquelas crianças não eram tão gentis quanto pareciam, fugiu o mais rápido que pôde. Leo e Mila tentaram pegá-lo, mas ele era ágil e se escondeu entre as árvores decoradas para o Natal.
A Busca pelo Ursinho Perdido
Enquanto isso, no céu, Papai Noel continuava sua missão de entregar presentes, quando percebeu que um dos pacotes estava faltando.
— Ora, ora! Estamos com um presente a menos! — exclamou ele, coçando a longa barba branca.
Os duendes, que também estavam no trenó, começaram a procurar desesperadamente.
— Será que caiu? Será que foi entregue na casa errada? — perguntou um deles, nervoso.
Papai Noel sabia que não podia deixar nenhum presente para trás. Nenhuma criança podia ficar sem seu presente de Natal. Ele deu a ordem:
— Precisamos encontrar o presente desaparecido!
A rena Rudolph, com seu nariz brilhante, olhou atentamente para a cidade abaixo e, com seus olhos afiados, avistou algo: lá estava Lumin, escondido em uma árvore decorada com luzes. O pequeno ursinho estava quietinho, tentando fingir que era apenas mais um brinquedo qualquer.
A Menina Céu
Papai Noel continuou sua jornada até chegar à casa de uma menina chamada Céu. Do lado de fora, na soleira da janela, ela havia deixado um sapatinho vermelho com um bilhete que dizia: "Querido Papai Noel, eu gostaria muito de ganhar um ursinho de pelúcia."
Sorrindo, Papai Noel sabia que tinha o presente perfeito. Ele pegou Lumin com cuidado, colocou-o dentro de uma linda caixa dourada e a deixou ao lado do sapatinho vermelho que Céu havia deixado. Papai Noel sabia que aquele seria um presente especial para ela.
Na manhã de Natal, Céu acordou animada e correu para a janela. Quando viu a caixa de presente ao lado do sapatinho, seus olhos brilharam de alegria. Ela rasgou o papel com entusiasmo e, ao abrir a caixa, encontrou o ursinho de pelúcia que sempre sonhou.
Lumin, agora fora da caixa, observava a menina de cabelos cacheados, que sorria com tanto entusiasmo que sentiu uma onda de felicidade dentro de si.
— Você vai se chamar... — começou a dizer Céu, mas foi interrompida.
— Lumin! Meu nome é Lumin — disse o ursinho, mexendo suas patinhas e piscando seus olhinhos.
Céu ficou boquiaberta. Um ursinho que falava! Ela o abraçou com tanto carinho que Lumin soube naquele momento que havia encontrado seu verdadeiro lar.
Juntos, Céu e Lumin brincaram, riram e compartilharam segredos, tornando-se amigos inseparáveis.
A Volta do Papai Noel
Enquanto o trenó de Papai Noel cortava os céus iluminados pelas estrelas, ele olhou para trás, observando as luzes das casas diminuírem no horizonte. Sabia que, em cada lar, havia crianças abraçando seus presentes, e que o mais importante não eram os brinquedos, mas a alegria que brilhava em seus corações.
Após uma longa e mágica noite, Papai Noel e sua equipe chegaram de volta ao Polo Norte. As renas voaram para as montanhas para descansar, enquanto os duendes, exaustos, mas felizes, relaxavam após um trabalho bem-feito. Papai Noel, sentado em sua grande poltrona, refletiu com um sorriso:
— O verdadeiro presente do Natal não está nas caixas enfeitadas com laços. Ele está nos momentos que compartilhamos, nos sorrisos sinceros e na bondade que oferecemos uns aos outros.
E assim, com o coração cheio de gratidão, Papai Noel sentiu mais uma vez o espírito do Natal se espalhando pelo mundo, levando alegria e amizade para todos os lares.
Ho, ho, ho!
FELIZ NATAL!